O Acorda Cidade visitou o bairro Muchila, em Feira de Santana, na segunda-feira (3), e conversou com moradores a respeito dos principais problemas enfrentados com a infraestrutura das ruas, além da falta de pavimentação em uma delas.
A princípio, a reportagem esteve na Rua Macário Cerqueira, no Muchila II e encontrou o morador Joilson Gonçalves, conhecido como Joilson dos Ovos. Ele relatou que a principal insatisfação da população é a dificuldade em trafegar pela rua, devido à falta de pavimentação.
O comerciante também contou que a prefeitura até iniciou uma obra de calçamento, mas que somente uma parte da via foi contemplada.
“Moramos aqui há duas décadas e a prefeitura informou que está pavimentada, mas não está. Há poucos dias começaram a fazer um calçamento, mas fizeram apenas um pedaço, não contemplou as ruas. Já reclamamos e não foi tomada uma providência, reclamar é mesmo que nada. Tinha uma ponte que dá acesso à Rua B e ao Conjunto Feira X, que também foi interditada e nada. O pessoal da prefeitura já veio aqui, disseram que ia fazer a pavimentação depois do esgotamento, mas até hoje esperamos”, disse.
Letícia Pinto reside na Rua Macário Cerqueira há alguns anos. Segundo ela, a prefeitura havia informado de que o calçamento seria realizado após a implantação de uma rede de esgoto, o que já aconteceu, mas referente a pavimentação, nada foi feito.
“Antes o problema era a água, fizemos um abaixo assinado pedindo a água, a água veio e a prefeitura informou que faria o calçamento, mas infelizmente é só promessa. Fez o calçamento pela metade, não podemos ter o privilégio de ter um calçamento? Temos que ter também, alguma coisa tem que ser feita, não somos animais”.
Tamires Queiroz vive há dez anos na localidade. De acordo com ela, no período eleitoral muitos candidatos se propõem a implantar o calçamento, o que também nunca aconteceu. Tamires também falou sobre a dificuldade de trafegar pela rua.
“Infelizmente só na época de eleições a gente vê as promessas, a última pessoa que veio aqui disse que teríamos a rua asfaltada até o final de setembro, são promessas que a gente sabe que é de costume. Não passa carro, as pessoas têm dificuldade até para caminhar por aqui”, contou.
As reclamações em pavimentação também foram registradas pelo Acorda Cidade com os moradores da Rua Graúna, no Muchila. Diferente da Rua Macário Cerqueira, que não tem pavimentação, a Rua Graúna vira uma ‘poça d’água’ toda vez que chove.
Vânia Rebouças mora na Rua Graúna há 27 anos. Segundo ela, com o acúmulo de água na via, muitos condutores acabam optando por trafegar pela calçada.
“São 27 anos que moramos aqui e a prefeitura nunca trouxe benefício para o nosso bairro. Construíram uma escola e a rua está nesta situação. O pessoal que vem da Vila Verde passa dentro d’água ou no passeio do condomínio porque não tem acesso para sair do bairro”, descreveu.
Ednaldo Santana também disse que muitos condutores utilizam a calçada de pedestres como forma de driblar o acúmulo de água no período de chuvas.
“Aqui não tem asfalto, a criança já chega na escola suja, nos passeios passam bicicleta, moto, até carro eu já vi passando”.
Dona Nilda Ferreira reside em um condomínio na Rua Graúna há mais de 20 anos. Ela contou que na rua tem uma escola municipal e que as crianças e responsáveis têm dificuldades ao trafegar pela via.
“A situação está difícil, várias vezes já foram solicitadas e nada foi feito, o acesso está ruim, jogam lixo, colchão, os veículos passam pela calçada e quebram e calçada.Não temos rede de esgoto e em frente a escola tem uma mina de esgoto”.
Para a moradora Noélia, além da presença de animais, as ruas do bairro também abrigam lixo e muitos buracos. Ela concluiu solicitando uma ação da prefeitura municipal.
“Eu fico indignada como o poder público esqueceu de nós, vivemos com animais nas nossas portas, buracos para todos os lados, lixo, não temos acessos às ruas, para entrarmos nas nossas casas precisamos colocar entulho. Estamos pedindo pouco, precisamos de ajuda”, finalizou.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência de Operações e Manutenção (Soma) e com a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) e aguarda o retorno
Fonte Acorda Cidade