Os funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, restringiram os atendimentos na manhã desta terça-feira (10), devido à falta de pagamento.
De acordo com um funcionário que atua na área de serviços gerais, além do pagamento referente ao mês de dezembro estar atrasado, as férias estão vencidas há seis meses.
“A situação aqui é que todos os funcionários estão com as férias vencidas. Tem funcionários aqui sem receber há pelo menos dois meses, e a empresa não passa nenhuma informação, mas continuamos trabalhando aqui. As minhas férias, por exemplo, estão vencidas há seis meses, e a versão da empresa é que não tem dinheiro para pagar”, relatou.
Outra funcionária da UPA, que atua na área da recepção, informou à reportagem do Acorda Cidade que os pacientes estão sendo atendidos e após a triagem é verificado o grau de prioridade.
“Eu trabalho aqui desde quando esta unidade foi inaugurada, mas a situação está igual para todo mundo. Os funcionários estão sem receber, férias vencidas, e a gente fica aqui sem saber o que fazer. Os pacientes quando chegam aqui, são atendidos, passam pela triagem, e só depois é verificado o grau de prioridade para o atendimento, ainda mais agora com a outra UPA da Mangabeira fechada, então as pessoas estão se deslocando para cá”, contou.
A empresa que administra a UPA é a Insaúde.
Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, na manhã desta terça-feira (10), o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, informou que irá verificar o que está motivando os atrasos dos salários.
“Esta empresa está totalmente em dias, e pelo que estou vendo, a reclamação é com relação aos salários que realmente deveria ter sido feito até o 5º dia útil, isso é uma obrigação. Todos os recursos foram pagos em dias, agora vamos verificar o que está acontecendo com a empresa, que vem inclusive mantendo um nível de regularidade razoável, mas de qualquer forma, não é possível ter estes atrasos”, informou.
Ainda segundo o gestor municipal, a prefeitura obriga que a empresa faça o pagamento.
“Existe o contrato que obriga a empresa a fazer o pagamento, e só depois a prefeitura faz o ressarcimento deste pagamento. Então até um determinado dia do mês, a empresa nos apresenta uma nota, a prefeitura tem um prazo de 10 dias para verificar se essa nota efetivamente é real, se foi aplicada, e assim, faz o ressarcimento”, explicou.
Fonte Acorda Cidade