A Polícia Civil da Bahia, com atuação da Decarga na 8ª fase da operação Unum Corpus, apreendeu em uma residência no Bairro Santa Mônica em Feira de Santana, uma carga com cerca de 12.000 pacotes de biscoitos Cream Cracker das marcas Viterella e Pilar, os quais tiveram as datas de validade apagadas por um representante comercial de 54 anos de idade.
A informação repassada pelo Cicom informava que um caminhão baú havia acabado de descarregar na residência do autor uma carga com mais de 500 caixas de biscoitos, os quais passariam por um processo de adulteração da validade.
O informante ainda ressaltou que a adulteração da validade é recorrente em diversos produtos, na maioria das vezes de gêneros alimentícios e o responsável pela remarcação seria o representante comercial
Com base nas informações do Cicom, a Polícia Civil compareceu à residência do autor e efetuou a prisão em flagrante do mesmo, que foi conduzido para a delegacia e acabou confessando toda a ação criminosa.
Segundo o homem, por estar próximo ao vencimento, a mercadoria foi adquirida pela metade do preço no município de São Gonçalo dos Campos, numa distribuidora de alimentos onde o mesmo trabalha.
Ele revelou ainda que apagava o registro original da validade de toda mercadoria com a utilização de produtos abrasivos e, posteriormente, com o uso de carimbos, inseria um código falso de validade estendendo o vencimento por mais 06 meses a fim de comercializar o produto por um preço elevado.
Além da mercadoria remarcada, foram apreendidos vários carimbos, fitas adesivas, estilete, álcool, acetona, entre outros utensílios utilizados na falsificação.
Tal prática representa grande risco para a saúde da população, principalmente crianças e idosos que adquirem esse tipo de alimento vencido, podendo resultar em morte por infecção alimentar.
A Decarga irá investigar se outras pessoas, além do homem, estavam envolvidas no esquema fraudulento. Um representante da empresa será ouvido para explicar como toda mercadoria encontrada na residência do autor saiu da distribuidora sem a emissão de nota fiscal, bem como informar se o homem tinha fácil acesso a produtos vencidos da empresa, vez que era funcionário da mesma.
Fonte Acorda Cidade