Os motoristas, cobradores e despachantes da empresa Rosa, que trabalham no transporte coletivo urbano dos bairros da Região Norte de Feira de Santana, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (26). Segundo eles, o motivo é a falta de pagamento do ticket alimentação. Ele afirmaram ao Acorda Cidade também, que não está sendo feito o depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Bairros como Mangabeira, Jardim Cruzeiro, Cidade Nova, Campo Limpo, Pampalona, Asa Branca e Campo do Gado Novo estão sem transporte público nesta manhã.
O secretário municipal de transporte e trânsito, Saulo Figueiredo, destacou em entrevista ao Acorda Cidade, que a paralisação é ilegal, injusta e ilegítima por ter sido deflagrada sem aviso formal prévio. Ele informou que o movimento foi provocado pelo sindicato que representa os trabalhadores, o Sintrafs, porém os trabalhadores afirmam que a entidade não tomou a decisão de paralisar.
“Eu sou trabalhador como todos que estão aqui na garagem, não foi o sindicato que parou, foram os trabalhadores, que estão cansados desta situação. O sindicato veio aqui nos dar apoio. Tem gente que está devendo água, luz, cartão, e o secretário foi infeliz ao dizer que foi o sindicato que parou”, declarou um motorista.
Saulo informou que a procuradoria “vai tomar todas as providências, porque esse tipo de paralisação prejudica a população”. Ele disse também que a SMTT aguarda o pagamento do auxílio emergencial do governo federal, para ajudar a subsidiar os custos do transporte público.
As vans do transporte alternativo estão circulando nos bairros afetados, mas segundo o secretário, não são suficientes para atender a demanda.
Nota da Prefeitura
A Prefeitura de Feira de Santana foi surpreendida nas primeiras horas da manhã de hoje, 26, com uma paralisação do Sintrafs (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Urbanos de Feira de Santana) na garagem da empresa Rosa, impedindo a circulação de ônibus da concessionária.
De imediato, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) já determinou que vans do STPAC (Sistema de Transporte Público Alternativo e Complementar) realize, emergencialmente, a operação nos principais corredores da região Norte do Município atendidos pela concessionária de transporte público urbano.
O Governo Municipal acompanha a movimentação e a Procuradoria Geral (PGM) adotará as medidas judiciais a fim de restabelecer a normalidade da operação de transporte público urbano e a garantia do interesse coletivo.
“Não recebemos nenhum comunicado oficial conforme prevê a legislação. A paralisação é ilegal, injusta e ilegítima”, afirma o secretário da pasta, Saulo Figueiredo.
Fiscais da SMTT estão orientando os usuários nos terminais de transbordo (Norte e Central), afetados com a falta do transporte público.
Fonte Acorda Cidade