O argentino Diego Hernan Dirísio, principal alvo da operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (5), comprava armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, Republica Tcheca e Eslovênia, para vender a criminosos brasileiros.
Cerca de 43 mil armas foram contrabandeadas, principalmente as facções Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital.
Os principais armamentos contrabandeados eram pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições. O esquema movimentava R$ 1,2 bilhão. Após a compra, as armas eram vendidas para facções brasileiras, em especial de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O esquema envolvia também doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA.
A polícia de ambos os países participaram nesta terça do cumprimento das ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal da Bahia — que, por sua vez, determinou que todos os alvos foram da prisão sejam incluídos na Difusão Vermelha da Interpol.
A lista inclui nomes de pessoas que podem ser presas em países estrangeiros, quando o mandado de prisão foi expedido por uma autoridade brasileira.
O argentino Dirísio é considerado o maior contrabandista de armas na América do Sul e realizava a venda das armas por meio de sua empresa IAS, com sede no Paraguai.
Segundo a PF, de novembro de 2019 a maio de 2022, a empresa IAS importou 7.720 pistolas de um fabricante na Croácia.
A investigação também aponta a compra e venda de 2.056 fuzis produzidos na República Tcheca e mais de cinco mil rifles, pistolas e revólveres de fabricantes na Turquia. Ao menos 1.200 pistolas também foram importadas de uma fábrica na Eslovênia: um total de 16.669 armas.
Fonte G1 Bahia