As 30 famílias que precisam ser retiradas de residências, por causa de um incêndio que atingiu um depósito de materiais recicláveis, retornaram para suas casas no sábado (20). O caso aconteceu na última quarta-feira (17), no bairro Jardim Limoeiro, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
O rescaldo foi concluído na tarde de sexta-feira (19), dois dias após o início do incêndio. Ninguém ficou ferido.
Ao g1, Ivanaldo Soares, coordenador da Defesa Civil, informou que todas as atividades no local foram encerradas neste domingo (21).
Como parte da força tarefa montada pela prefeitura para lidar com os desdobramentos do incêndio, a Sedes [Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania] prestou assistência às famílias, cujas casas ficam nas proximidades do depósito.
Das famílias assistidas, algumas foram encaminhadas para um alojamento no centro do município e outras para casa de parentes e/ ou amigos.
A ação incluiu a oferta de refeições, água mineral, colchões e outros itens do benefício eventual prestado pela Sedes.
Incêndio debelado
O trabalho foi conduzido pelo 10º Batalhão de Bombeiros Militar da cidade. Pelo menos 75 agentes atenderam a ocorrência que durou mais de 72 horas.
“Foi uma ocorrência bastante complexa devido a quantidade de materiais combustíveis no local, como plástico, borracha e madeira. Durante o rescaldo utilizamos equipamentos como retroescavadeira para revirar o material e acabar com possíveis pontos de reignições”, explicou o capitão BM Jurandi Santos Araújo.
A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) da Prefeitura de Camaçari, que acompanhou toda a ação, considerou o incêndio um dos maiores já registrados no município nos últimos anos.
Desde o início das ações de combate ao fogo, cerca de 240 mil litros de água foram utilizados. Segundo a gestão municipal, isso permitiu que os agentes fizessem o resfriamento monte a monte.
“Atitudes inadequadas”
Em nota à imprensa, a prefeitura chamou atenção de moradores afetados pelo incêndio. Trinta famílias precisaram ser retiradas de suas residências como medida de segurança, mas a Defesa Civil disse que algumas pessoas insistiam em retornar para buscar pertences. Esse comportamento foi considerado “inadequado”.
“Sempre há os teimosos, mas estamos vigilantes com todo mundo, inclusive envolvendo a Sedes [Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania] em reuniões diárias, para, juntos, explicarmos as dificuldades de modo que tudo seja assimilado de uma maneira satisfatória por eles”, observou Soares.
A Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur) tenta identificar o proprietário do espaço. Quando ele for localizado, a Sedur vai checar as condições de funcionamento do depósito.
Fonte G1 Bahia