Mesmo com todas as dificuldades de viver na rua, esse homem realizou o sonho e aos 56 anos concluiu o ensino fundamental. Agora, ele não pretende parar e vai em busca do ensino médio!
Símbolo de esperança e dignidade Gilson Kennedy Rosária Pereira, de 56 anos lutou muito e enfrentou várias adversidades nas ruas de Rio Branco, Acre. Antes de cair no vício, ele serviu o exército e estudou, mas não havia concluído o ensino fundamental.
“Nunca imaginei que eu fosse vestir uma roupa dessas”, disse ele emocionado na formatura.
Vida na rua
Gilson vive em situação de rua há três anos.
Antes do vício, ele chegou a estudar, mas não conseguiu completar e pegar o diploma.
As circunstâncias da vida acabaram o levando a viver na rua e mesmo em uma situação complicada, a notícia boa chegou.
Ressignificando a própria história
Foi na rua que ele conheceu o Centro Pop, o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua.
“Ele se encontrava naquele momento em situação de rua, estava depressivo, não tinha mais vontade para nada, desestimulado, a questão do emprego, afetou muitos problemas familiares e que desde o início a gente notou que poderia, sim, fazer algo por ele”, destacou a coordenadora do Centro, Liberdade Leão.
Gilson começou a fazer parte do EJA, a Educação para Jovens e Adultos.
Já alfabetizado, o homem pulou várias etapas.
“A gente só trabalhou outras habilidades, né, que era necessário ser trabalhado, mas a questão da alfabetização ele já sabia ler e escrever. Então, nós trabalhamos outras habilidades necessárias para o ensino fundamental”, explicou o professor Alan Alves.
Formatura emocionante
E com muita garra e força de vontade, Gilson realizou seu sonho.
Na formatura, ele teve uma outra surpresa: foi convidado pelo prefeito da cidade para fazer parte de sua equipe de gestão!
“E tenho certeza, Gilson, como trabalhador que você vai ser agora, colaborador da nossa prefeitura, eu tenho certeza que você vai nos ajudar nesse projeto”, disse.
Gilson lutou e agora vai virar exemplo para outras pessoas, que hoje se encontram na mesma situação que ele um dia se encontrou.
“O prefeito, a dona liberdade, a secretária, que todos que me ajudaram mesmo, até meus amigos de rua, irmãos de papelão, todos eles, eu sou muito grato a todos”, concluiu Gilson.
Com informações de O Estado do Acre