Pais e responsáveis de alunos da Escola Municipal Antônio Carlos Pinto de Almeida, no bairro Papagaio, em Feira de Santana, realizaram uma mobilização na manhã desta quarta-feira (27) em frente à unidade escolar para cobrar melhorias na estrutura do espaço que foi recentemente reformado e entregue. O Acorda Cidade foi até a escola conferir os transtornos que a comunidade tem passado nos últimos tempos.
Aos gritos de “queremos solução, queremos a escola”, moradores cobraram uma resposta do poder público municipal, pois segundo eles, as obras no local estão inacabadas e as aulas já retornaram. Enquanto isso, os alunos sofrem com o calor e a exposição a riscos iminentes.
“A escola foi entregue na última quarta-feira no estado em que está, não terminou a obra, há pessoas trabalhando na escola, sendo que as crianças já estão estudando, um calor infernal. Viemos ontem para reunião, não aguentamos ficar, tivemos que ir embora por conta do calor, imagine uma criança que fica aqui a manhã inteira”, explicou Elismara Luiza.
Segundo ela, que é mãe de um aluno, as aulas também foram parcialmente suspensas por conta do calor. Estão acontecendo das 7h30 até às 10h. Elismara relatou outros problemas, como fios expostos em áreas de convivência.
“Colocaram água nas caixas, mas não têm bombas para bombear para as torneiras, nem para descargas dos vasos sanitários. As crianças estão indo ao banheiro do jeito que podem. A energia também está usando do jeito que dá porque eles improvisaram de qualquer jeito. Já queimou computador, impressora. Os fios estão espalhados pelo pátio. Arrumaram de qualquer jeito para as crianças retornarem, mas muitas nem estão vindo”, destacou.
Lucrécia de Jesus tem dois netos na escola e também confirmou o caos que está o retorno escolar das crianças, mas também de toda a comunidade escolar. Segundo ela, professores e alunos têm passado mal com o calor.
Ela ainda ressaltou que as crianças precisam, sim, das aulas e a Secretaria de Educação precisa resolver a situação que já está insustentável.
Ainda segundo o relato da mãe Elismara, a prefeitura alega que a Coelba precisa realizar a ligação da rede para serem instalados os ares-condicionados, mas até o momento, ninguém conseguiu um retorno eficiente de nenhum dos órgãos.
O problema tem se arrastado não é de agora. Segundo o morador Antônio Carlos, que reside no bairro há 20 anos, as obras iniciaram no ano passado e, este ano, o período letivo começou com a manutenção pela metade.
“Isso não pode acontecer. Estamos chamando a atenção da secretária de educação do município para que ela reveja a situação. Como vai manter aula em um colégio inacabado?”, frisou.
O passeio da escola também não foi concluído, entre outras partes que ainda precisam ser completadas.
Além disso, o morador pontuou outras escolas da região que sofrem com a falta de estrutura, seja dentro ou no entorno, com ruas danificadas, com esgoto em frente às unidades, buracos e sujeira.
Fonte Acorda Cidade