“Meu filho acordava todos os dias 5h da manhã para trabalhar com pai e do trabalho ele ia para a escola”, afirma mãe de adolescente de 17 anos morto a tiros na segunda-feira (20), no bairro de Mussurunga, em Salvador. Diego Jesus de Oliveira assistiu todas as aulas e saiu do local por volta das 17h, conforme detalhou a mãe.
No momento do crime, o adolescente usava o uniforme do Colégio Estadual Raul Sá, também em Mussurunga. Ele foi socorrido para o Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, cidade vizinha a Salvador, mas não resistiu aos ferimentos.
A mãe de Diego, que preferiu não se identificar por medo, disse que pegou um ônibus próximo a escola do filho e durante o trajeto do trabalho para casa, escutou pessoas comentando sobre a morte de um jovem por disparos de arma de fogo. Ela ficou assustada com a informação, mas não sabia que se tratava de Diego.
A mulher disse só recebeu a informação da morte do filho quando desceu do veículo, no bairro de Cajazeiras, e pegou o celular.
“Eu costumo botar meu celular no silencioso para não ser vítima de assalto. Ao sair [do ônibus] eu olho o celular para ver se tem alguma ligação, inclusive dos meus filhos. Eu me deparei com a notícia que meu filho tinha tomado um tiro de arma de fogo próximo onde eu trabalho. Eu peguei o ônibus próximo a escola dele”, contou a mãe de Diego.
A mãe do adolescente contou que Diego trabalhava com o pai em serviços de jardinagem e pintura e não era envolvido com a criminalidade. Ela tem outros dois filhos. A família mora em Águas Claras e Diego decidiu estudar em Mussurunga para ficar mais próximo de casa.
“Ele era muito querido e amado por todos. Onde ele chegava, deixava o brilho. Isso está me doendo muito porque estão tentando acabar com a imagem do meu filho”, falou a mãe do adolescente.
Ela levantou a hipótese de que o crime pode ter sido motivado por ciúmes ou rivalidade entre grupos criminosos de bairros, já que Diego estudava em uma localidade e estudava em outra.
“Tem uma versão que ele estava paquerando uma menina que já tinha envolvimento com um cara de facção criminosa. Por conta de um ciúme mataram meu filho”, disse a mulher.
Apesar das suspeitas da mãe da vítima, a Polícia Civil ainda não detalhou a linha de investigação do caso, mas segue com as apurações através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O corpo de Diego foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), para sepultamento, previsto para acontecer na quarta-feira (22), no Cemitério Bosque da Paz.
Fonte G1 Bahia