A Polícia Civil de Feira de Santana indiciou o médico responsável pela morte do industriário Edilberto Lopes Batista, de 51 anos, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O caso ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2019, quando o paciente passava por um procedimento de endoscopia digestiva alta, em uma clínica particular da cidade.

De acordo com o delegado Alisson Carvalho, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil, as investigações constataram que a vítima morreu por asfixia.

“Realizamos a ouvida de alguns parentes da vítima, ouvimos a equipe toda que trabalhou no exame de endoscopia dele, também a parte do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi lá prestar o socorro, e ao final com os elementos que foram juntados aos autos, eu entendi que ocorreu de fato um homicídio culposo, quando não há de fato a intenção de matar. Por esse motivo, houve o indiciamento do médico responsável por este exame”, afirmou o delegado, em entrevista ao Acorda Cidade.

De acordo com as investigações, antes de realizar o exame endoscópico, não foram solicitadas do paciente todas as informações necessárias sobre a sua situação de saúde.

“Ao que tudo indica, pelo que foi passado por familiares, não foi realizada a investigação prévia, para saber se o Edilberto tinha apneia, se ele roncava, se fazia uso de álcool, e esse é um tipo de exame simples. Entretanto, deve-se ter alguns cuidados, uma precaução um pouco maior para pessoas que têm esse tipo de problema. E como não foi realizado esse exame, ocorreu um trauma na parede do sistema gastrointestinal. Com isso vazou ar do aparelho intestinal, fazendo com que o abdômen dele ficasse distendido, o pulmão dele não conseguiu trabalhar dentro da sua normalidade, ficando restrita essa respiração e ele acabou falecendo por asfixia mecânica, que foi justamente o que o laudo concluiu no exame de necropsia”, revelou o delegado Alisson Carvalho.

O delegado afirmou ainda que o médico foi indiciado na esfera criminal, porém a clínica não. Entretanto, os familiares ainda poderão acionar a Justiça para responsabilizar a pessoa jurídica caso sintam necessidade.

“Aqui nós estamos falando da área criminal do profissional que acabou agindo, na nossa conclusão, por imperícia. Então estamos falando aqui da pessoa física. A pessoa jurídica da clínica não vislumbra a possibilidade de responsabilizá-la por crime, entretanto, outros ilícitos deverão ser buscados pela família, caso entendam que seja necessário por meio da Justiça, com acesso direto, por meio de advogados. Os médicos estão aí para cuidar e tratar das pessoas. Entretanto, como houve a imperícia e uma vida acabou sendo tirada, por este motivo, ele foi indiciado.”

O inquérito já foi relatado e remetido ao Ministério Público, que deverá se pronunciar sobre toda a investigação realizada pela Polícia Civil, destacou Alisson Carvalho.

“O que apuramos é que em um primeiro momento a equipe da clínica identificou que ele havia sofrido um mal súbito, de fato, a gente sabe que em algumas ocasiões, o organismo não responde da maneira que o médico imagina e de fato isso pode acontecer. A médica do Samu, também naquele local, entendeu que aconteceu essa morte por mal súbito, que seria uma morte natural. O que nós nos importamos em verificar é se essa constatação inicial teria sido para acobertar algum outro tipo de fato, entendemos que naquele momento a autonomia do médico prevaleceu e não houve nenhum tipo de ação para acobertar nada de errado. Por esse motivo que a Polícia Civil não foi acionada. Fomos acionados somente após a família ficar revoltada com a remoção do corpo para a residência familiar e então foi realizado o exame de necropsia e restou-se confirmado sem qualquer dúvida que ocorreu asfixia mecânica na morte do Edilberto”, relatou.

O médico terá direito de defesa, caso o MP efetue a denúncia, e cabe ao juiz determinar se ele será condenado ou não.

Fonte Acorda Cidade

Policiais da 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, localizada no Complexo de Delegacias no bairro Sobradinho, prosseguem com as investigações da tentativa de homicídio envolvendo um passageiro de aplicativo, ocorrido na portaria de um motel.

Segundo informações obtidas pelo Acorda Cidade com os policiais, a vítima, identificada como Diógenes Teles Nilcete, continua internada em estado grave no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

Ele estava em um veículo Fiat Uno que foi atingido por mais de 50 tiros na portaria do motel, na Avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), no último sábado (11). Dos 50 tiros disparados, 16 atingiram Diógenes, morador do bairro de Valéria, em Salvador.

O motorista do veículo não se feriu durante o atentado e já prestou depoimento na delegacia. Os detalhes do ocorrido não podem ser divulgados para não atrapalhar as investigações.

A vítima ainda não foi ouvida pelos investigadores por estar impossibilitada de falar, devido seu estado de saúde.

No dia do crime, o Tenente-coronel Lobão revelou ao Acorda Cidade, informações obtidas no local com o motorista de aplicativo.“A história contada pelo motorista de aplicativo é que ele pegou uma corrida por fora, não estava no aplicativo, o motorista estava de chinelo, bermuda e camiseta. E disse que o pai do rapaz que pediu para buscar o passageiro e trazê-lo para cá. E quando ele estava entrando no motel vinha um carro por trás e deflagrou mais de 50 tiros, na lateral direita e no vidro da frente. O motorista disse que já tinha saído do carro para conversar com o porteiro do motel e entrou no motel na hora dos tiros”, disse.

Fonte Acorda Cidade

Na última sexta-feira (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de todas as pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos. A medida de segurança é válida também para distribuição e exposição para venda de todos os lotes de qualquer tipo destes cosméticos no comércio em geral.

Ainda de acordo com a Anvisa, a interdição é temporária e ficará vigente até que sejam realizados testes, análises e outras providências possíveis para concluir a investigação sobre caso de intoxicações.

Ao Acorda Cidade, a dermatologista clínica estética, Helga Clementino Figueiredo explicou os riscos que as pessoas podem correr, utilizando as pomadas.

“Essas pomadas capilares possuem vários elementos químicos em sua composição, que realmente acabam causando mais risco de irritação ocular, que é o grande problema hoje que está se falando aí nas grandes mídias. Como as pessoas seguem para as festas ou irão brincar no Carnaval, estas pessoas transpiram, podem pegar chuva, e aquela pomada capilar escorre, sai do cabelo e chega até a região dos olhos, o que gera a irritação, vermelhidão, gerando sensação de areia e nos casos mais graves, causar feridas na região da córnea ou até úlcera de córnea”, pontuou.

Ainda de acordo com a especialista, a depender do caso, o tratamento não será realizado apenas com um dermatologista, mas sim, o paciente sendo acompanhado também de um oftalmologista.

“O grande risco que existe é a cegueira. Muitos oftalmologistas estão alertando para as questões relacionadas às pessoas que chegam com a visão turva, e se isso não for tratado, pode se transformar em um caso de úlcera da córnea, precisando de transplante, então tanto os dermatos, quanto os oftalmos, estão juntos neste sentido do cuidado com o paciente”, alertou.

Quem possui a pomada em casa, deve jogar fora?

De acordo com a dermatologista Helga Clementino, neste primeiro momento ainda não é indicado esta ação, até que a Anvisa possa concluir todas as investigações.

“Eu não acho que seja necessário jogar fora agora, mas o ideal é que deixe ele ali em stand-by, guardado. Nós temos outros recursos, os cabelereiros podem nos ajudar neste momento para que possamos continuar com as nossas tranças, existem os sprays que são fixadores e possuem uma aderência que mantém aquele penteado, mas não correm o risco se por acaso chover ou a pessoa transpirar, e aquele produto descer. O spray é mais volátil e não fica colado na cabeça, então é uma ótima ferramenta para substituição”, contou.

Curtir o Carnaval sem riscos

A utilização de perfume misturado com a maquiagem, não será uma boa opção, segundo a dermatologista.

“Nós já estamos nesse período de Carnaval, já estão tendo os bailinhos, mas a gente sabe que além da questão dessas pomadas, existem também as maquiagens, os glitters que são muito utilizados nesse período. Então uma dica para este Carnaval é se fantasiar, se maquiar, mas evitar por exemplo de utilizar perfume sobre a maquiagem, porque a fragrância vai aumentar a chance de ter uma alergia, então as pessoas podem utilizar a maquiagem na roupa, no cabelo, e não aplicar diretamente na pele, como no rosto e pescoço. Outra dica é manter a hidratação mais reforçada, principalmente neste calor”, concluiu.

Fonte Acorda Cidade