O veterinário e coronel do Exército, José Roberto de Andrade Lima, é o único baiano que faz parte de um grupo de brasileiros que embarcou, pela primeira vez, para um trabalho na região do Círculo Polar Ártico, na Operação Ártico I. O destino dos pesquisadores foi Longyearbyen, capital de Svalbard, na Noruega.
“É a minha primeira oportunidade nessa atividade de pesquisa. Eu sou o único veterinário da equipe e estou agregando um olhar que chamamos de ‘Saúde Única’. Ou seja, a preocupação com as doenças emergentes, inclusive as doenças que têm ligações com os dois polos”, explicou o baiano.
Um dos principais objetivos do grupo é gerar dados sobre a região para novas pesquisas, futuras expedições e comparações entre o polo e a Antártica — continente estudado há mais de 40 anos por pesquisadores brasileiros pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Outro objetivo da primeira expedição ao Ártico é buscar a colaboração com outros países na pesquisa nacional. Os pesquisadores devem visitar estações científicas e produzir relatórios que possam servir aos próximos visitantes.
José Roberto de Andrade Lima está na Longyearbyen, capital de Svalbard, desde 8 de julho deste ano. O veterinário conta que ainda não presenciou um urso polar.
“Ele é um motivo de pânico geral em todos os lugares que a gente vai. Qualquer lugar que você vai fora do centro da cidade, você tem que sair armado, porque tem uma lei local de que você tem que ir protegido contra possíveis encontros com ursos polares”, contou.
O baiano disse ainda que acha pouco provável que encontre o animal, já que a Noruega está no verão e os ursos preferem ficar em locais mais afastados, com gelo.
“Hoje, em particular, está extremamente frio. Nos outros dias, a gente tinha observado que tinha dias que a cidade estava muito quente, com 10°C, mas hoje e nos próximos dias, começamos com 3°C e sensação de 0°C”, revelou.
Fonte G1 Bahia