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Olha que notícia boa: pela primeira vez, uma bebê diagnosticada no útero com Atrofia Muscular Espinhal (AME), passou por um tratamento, nasceu saudável e sem sinais aparentes da condição.

A intervenção pioneira ocorreu por cientistas do St.Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos, e foi divulgada no New England Journal of Medicine.

O tratamento utilizou o medicamento risdiplam, administrado de forma oral à mãe durante as últimas seis semanas de gestação. Hoje, a bebê já tem dois anos e meio, e apesar de não apresentar sinais, continua sob acompanhamento médico.

O que é AME

A Atrofia Muscular Espinhal é uma doença genética e rara, que afeta aproximadamente um em cada 11 mil bebês.

Ela é causada pela falta de uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. O tipo 1 da doença, o mais grave, pode se manifestar logo nos primeiros meses de vida e compromete a respiração e deglutição.

Atualmente, existem tratamentos que conseguem melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas a maioria deles precisa ser administrada logo após o nascimento.

Outro caso de AME na família

Os pais da criança foram diagnosticados como portadores das variantes associadas à AME. Eles já haviam perdido um filho para a doença.

Nesse cenário, os médicos decidiram testar o risdiplam, que já estava sendo utilizado em bebês diagnosticados logo após o nascimento.

Aos dois anos e meio, o pequeno segue saudável e os resultados impressionaram.

“Durante o curso da avaliação, realmente não vimos nenhuma indicação de quaisquer sinais de AME”, destacou Richard Finkel, responsável pelo estudo.

Próximos passos

Com base no sucesso inicial, o grupo quer mais.

Agora, os cientistas querem ampliar a pesquisa e entender melhor os impactos do tratamento precoce.

Além disso, é preciso avaliar a segurança em mais pacientes.

Caso os bons resultados se confirmem, a nova abordagem pode revolucionar o tratamento da AME e impactar milhares de crianças em todo o mundo.

O tratamento foi administrado ainda enquanto a criança estava no útero. - Foto: Getty Images

O tratamento contra AME foi administrado enquanto a criança estava no útero da mãe. – Foto: Getty Images

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