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Em meio à guerra sem perspectiva de fim, o Brasil envia 35 purificadores de água, kits de remédios e insumos para os moradores na Faixa de Gaza. Eles são capazes de atender até 3 mil pessoas por dois meses, segundo a Presidência da República. E a aeronave não voltará vazia.

Nela virão brasileiros repatriados que ainda estão em Israel e região. Até o momento sete aviões foram enviados para a área em busca de pessoas que queiram retornar para o Brasil. Desde o início da Operação Voltando em Paz, foram resgatados 916 brasileiros, além de 24 pets.

O avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), que faz o sétimo voo de repatriação de brasileiros vindos de Israel na Operação Voltando em Paz, trará os brasileiros que, desta vez, terão suporte com médico, psicólogos, enfermeira e técnica de enfermagem.

Purificadores e remédios

O conjunto de 35 purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros de água por dia. Os purificadores e os kits com medicamentos seguirão para o Egito.

A falta de água foi motivo de alerta internacional. Sem água, pouco se faz.

Cada kit de assistência humanitária reúne medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas. São 48 itens em cada kit, somando 267 quilos de materiais. Eles são preparados para atender a populações em situação de emergência em saúde pública.

Como há escassez nos hospitais em Gaza, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), em decorrência dos cortes de água, energia e combustível na região, os kits ajudarão.

As autoridades internacionais advertem sobre os impactos para os doentes graves, gestantes, idosos e crianças neste momento.

Há superlotação nos assentamentos de refugiados e risco de surtos de doenças.

O drama é bastante intenso na região da Faixa de Gaza por causa da ordem de evacuar a área, sendo que muitas famílias não têm para onde seguir, uma vez que as fronteiras com os países vizinhos está fechadas e há temor por parte de várias autoridades de reações dos grupos extremistas.

Suporte psicológico

A major Carla afirmou que a equipe de apoio dará suporte psicológico para os brasileiros que retornam ao Brasil. “Sabemos que a situação lá é delicada, mas a gente quer fazer o nosso melhor”, disse a major.

O atendimento psicológico aos repatriados ficará sob responsabilidade das tenentes Jahyne e Camargo, do Instituto de Psicologia da Aeronáutica.

“Toda a situação de guerra pode gerar impacto na saúde emocional”, afirmou a tenente Jahyne. “É uma situação de crise que pode vir a gerar adoecimentos. Nosso trabalho é oferecer suporte para que a repatriação possa minimizar efeitos disso.”

A tenente Camargo afirmou é preciso verificar que o caráter da missão é emergencial.

“A ideia é fazer esse primeiro acolhimento para eles entenderem comportamentos que podem ser causados pelo estresse”, afirmou a psicóloga, lembrando que na bagagem há lápis de cor e massinhas para as crianças para ajudar nesse processo.

Consulta com psicólogo

O Escritório de Representação do Brasil na Palestina também contratou uma psicóloga para ajudar os brasileiros que lá se encontram e aguardam para deixar a área do conflito, o que ocorrerá assim que for aberta a fronteira com o Egito.

As consultas são virtuais por causa das restrições. A profissional é palestina e presta orientações para sobre como lidar com a ansiedade e a insônia, usando exercícios respiratórios, e conversas.

As mensagens, escritas em árabe, são compartilhadas em um grupo de WhatsApp.

“A guerra não se limita ao bombardeio e ao combate aberto, mas também inclui ataques de informação e psicológicos. Um grande número de pessoas sofre de fadiga. É muito difícil para o cérebro estar constantemente neste estado. É por isso que aciona a função de proteção”, escreveu a psicóloga em uma das mensagens.

O governo brasileiro dá suporte para o aluguel de transporte, abrigo e a garantia de alimentação.

A guerra

O conflito em Israel eclodiu no último dia 7 quando o grupo radical islâmico Hamas atacou civis no sul de Israel.

Desde então, radicais extremistas, como o Hamas e o Hezbollah, promovem momentos de terror no país e o governo de Israel reage com ofensiva intensa.

O mundo assiste perplexo os reflexos dessa guerra. Há mortos, feridos e desaparecidos de ambos os lados. A tristeza e a desolação estão por todos os lados. Nem crianças e idosos escapam dos ataques.

Que as negociações de paz que estão em andamento surtam efeito logo!

Só Notícia Boa

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