A casa que pegou fogo, causando a morte de duas crianças e um homem da mesma família em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, não tinha eletricidade. O incêndio aconteceu no sábado (31) e existe a possibilidade do fogo ter começado por causa de uma vela.
As vítimas foram identificadas como:
- José Izaisas Araújo dos Santos, de 52 anos;
- Caleb Silva Marques, de três anos;
- Joab Borges dos Santos, de um mês.
Elas eram pai, filho (bebê de um mês) e enteado (criança de três anos). Na ocasião, chovia bastante na região e todos dormiam dentro da casa, que fica na comunidade do Quingoma, zona rural de Lauro de Freitas.
Além de não ter eletricidade, o imóvel era de madeira, o que fez com que o fogo se espalhasse com rapidez. O local também não tinha banheiro e as necessidades eram feitas em uma fossa no chão.
José Izaias, uma das vítimas do incêndio, era pedreiro e pretendia reformar a casa. Ele havia comprado tijolos e começado a construir a base do imóvel. Os tijolos foram os únicos objetos que resistiram ao fogo.
Corpos ainda não foram enterrados
No dia do incêndio, o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou no local as três vítimas já estavam mortas. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, mas ainda não foram liberados.
A não liberação está associada a documentos perdidos no incêndio, como o RG da mãe das crianças. Sem o documento, ela não podia reconhecer os corpos e, por isso, eles não poderiam ser liberados para sepultamento.
Nesta segunda-feira (2), a mãe das crianças foi até 24ª Delegacia de Itinga, onde registrou um boletim de ocorrência sobre a perda dos documentos. Com o B.O, ela vai conseguir liberar os corpos dos filhos e do companheiro. Apesar disso, ainda não há informações sobre o enterro.
O imóvel ficou totalmente destruído por causa do fogo. Além das três vítimas, outras cinco pessoas moravam no imóvel e perderam todos os pertences e documentos.
De acordo com a prefeitura de Lauro de Freitas, a família foi alocada em um novo imóvel através do aluguel social. Além disso, eles receberam enxoval, auxílio alimentação e produtos de higiene.
Fonte G1 Bahia