Imagina comer alimentos encontrados no lixo e ter isso como a única refeição. É a realidade da catadora Aurinha, que trabalha no lixão de São João do Amanari, em Maracanaú (CE).
E foi de tanto comer esses alimentos impróprios que ela adoeceu. Hoje Aurinha sofre com uma bactéria preocupante no estômago e está precisando urgentemente de tratamento.
Ela conta que o médico a proibiu de trabalhar no lixão, mas não há opção. “Eu não tenho outra renda”, disse em entrevista ao Só Notícia Boa. E nós vamos ajudá-la!
Vida difícil
Aurinha foi parar no Amanari há 20 anos. Ela trabalhava como empregada doméstica e quando foi demitida, não conseguia emprego em lugar algum.
“As coisas foram ficando difíceis sem emprego. Então fiquei no lixão e estou lá até hoje”, lembrou a catadora.
Ela conta que a realidade do lixão não é fácil. “Cada vez mais fica difícil encontrar material (recicláveis). O dinheiro vai ficando cada vez menor então acabamos aproveitando o que as pessoas jogam fora”, explicou.
Bactéria no estômago
As primeiras dores surgiram em 2023. Aurinha começou a sentir enjôo e vomitar bastante.
Ao procurar um posto de saúde, foi diagnosticada com H.pilory grau +3, que é o mais elevado. Esse nível da bactéria pode, inclusive, desencadear um câncer estomacal.
Ela recebeu a indicação do medicamento e foi orientada a seguir o tratamento diário por um ano. No entanto, cada caixa custa em média R$ 300, não é distribuído pelo SUS e a catadora não tem condições de comprar.
“Teria que tomar os medicamentos, mas eu não pude continuar porque não tenho condições de comprar”, disse.
Perdeu a casa também
Além do problema de saúde, Aurinha também enfrenta outra situação difícil.
A casa onde ela morava caiu e a catadora teve que ir morar de favor com um conhecido.
“Quando a minha casinha de taipa caiu fiquei sem ter para onde ir. Então um amigo me deu uma casa para mim ficar nela, mas quando tá com raiva me manda embora”, lamentou.
Fonte Só Notícia Boa