O Hospital Inácia Pinto dos Santos, conhecido como Hospital da Mulher, encontra-se com quase cem por cento de ocupação em seus leitos destinados a gestantes, que chegam sem regulação de outros municípios e de diversas regiões do estado. A superlotação contínua tem preocupado a administração hospitalar, já que o fluxo na emergência ultrapassa em 15% a capacidade diária. Somente no plantão do dia 13 de março, foram realizados 29 partos e procedimentos de curetagem em um período de 24 horas.
Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, destaca a importância de os pacientes de outros municípios serem encaminhados para o Hospital da Mulher através da regulação estadual, e não diretamente.
“Compreendo a escolha das gestantes, uma vez que o Hospital da Mulher é uma referência em Parto Humanizado e oferece assistência qualificada. No entanto, é crucial que a Central de Regulação estadual direcione as pacientes para locais com vagas disponíveis, evitando sobrecarregar o Hospital da Mulher, que está operando além de sua capacidade”, ressaltou Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, órgão da Prefeitura responsável pela gestão do Hospital da Mulher.
Apenas nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, 8.446 gestantes realizaram os exames necessários para o atendimento no Hospital da Mulher, sendo encaminhadas para o parto 1.854 delas. Dessas, 95% não foram encaminhadas via regulação, resultando em 565 partos de pacientes provenientes de outros municípios.