Seja através da arte, da literatura ou do debate, o mês da Consciência Negra, que celebrado em novembro, é um tema que desperta o interesse de toda a comunidade escolar. Em cada atividade, os estudantes e professores lembram a importância de lutar por respeito, igualdade e representatividade. Os alunos da Educação Municipal estão dando show de participação e conhecimento nas aulas.
“A prática educativa realmente transforma a nossa realidade, cria essa condição de transformar a criança num futuro cidadão, consciente do seu papel e das suas responsabilidades, dos seus direitos e deveres”, argumenta a professora Anaci Paim, secretária municipal de Educação.
Ela destaca a qualidade das produções “que primam pela visibilidade do nosso povo, que levam o aluno a aprender a respeitar o outro, independente de qualquer situação. Além disso, cria uma relação de respeito para com o outro ao valorizar as ações de cada grupo que contribui para o desenvolvimento social da nossa sociedade”, defende.
Roda de conversa
A Escola Municipal Cívico-Militar Quinze de Novembro, localizada no distrito de Jaíba, promoveu uma roda de conversa com o tema “Reflexões acerca das relações étnicos-raciais”, o convidado foi o artista Junior Dias.
Literatura e arte
Já a Pré-Escola Menino Jesus, no bairro Parque Ipê, destinou a última semana inteira para a contação de histórias e atividades voltadas para a conscientização.
A personagem principal da história “O Cabelo de Lelê” virou arte. A história apresenta uma menina que não entendia nem aceitava seu cabelo, mas que começa a amá-lo após conhecer suas origens. Os estudantes fizeram lindas artes retratando Lelê. O mesmo tema foi explorado com muita criatividade pelos alunos da Escola Municipal Francy Barbosa, do Campo Limpo.
Confecção de Máscaras Africanas
Na Escola Municipal Adenil da Costa Falcão, localizada no bairro Irmã Dulce, os destaques foram as ilustrações de máscaras africanas a partir da leitura de um livro com a temática. Com muitas cores e formas, as crianças aprenderam sobre a cultura africana e também sobre formas geométricas ao confeccionar os desenhos.
O eixo de linguagens e artes foi abordado através de atividades de oralidade, recitação de poesias, apresentações e afins. Assim, além de terem aulas de história e empatia, os estudantes puderam aperfeiçoar o processo de alfabetização, letramento e desenvolvimento.
“Trabalhamos sempre o processo de autoconhecimento e reconhecimento do outro, valorizando a cor, a identidade e a etnia. Utilizamos diversos recursos, como pinturas, colagens, molduras, ilustrações dos livros e poemas”, conta a professora Márcia Silveira.