Mais de 100 estudantes com deificiência são atendidos semanalmente no Centro Municipal de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva. O trabalho é realizado por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que auxilia o processo de inclusão e permanência em sala de aula.
A Prefeitura de Feira de Santana disponibiliza recursos pedagógicos e de acessibilidade que permitem ao estudante desenvolver autonomia, aprimorar o raciocínio lógico e construir uma rotina de estudos.
“Foi aqui que a comunicação de minha filha se desenvolveu após descobrimos a surdez parcial dela nos primeiros dias de vida”, relata Neila Almeida, mãe da Aylla Sophia de 6 anos. A estudante da Educação Municipal é acompanhada há cerca de um ano no AEE.
A mãe descreve que “apesar de falar, nem sempre conseguia entendê-la”, e por isso, a Libras [língua oficial da comunidade surda brasileira] foi essencial para que a criança se comunicasse e interagisse melhor.
Ao todo, 120 estudantes, entre autistas, deficientes visuais, surdos e com outras deficiências recebem atendimento. Segundo a coordenadora pedagógica, Paula Costa, além dos estudantes com surdez ou deficiência visual, há atendimento às crianças com autismo e deficiências intelectuais que encontram-se matriculadas e frequentando as escolas municipais.
ATIVIDADES PARA SURDOS
De acordo com a professora do AEE da área de surdez, Maria José Mota, as atividades são realizadas de acordo com o nível em que o estudante está. O foco é a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“Trabalhamos a Libras como primeira língua, pois é natural dos surdos. Já a Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua”.
Durante as orientações são usados o alfabeto manual, numerais em Libras, vocabulários por cores, animais, objetos de casa, entre outros. Além disso, estimula-se a convivência em grupo cada quinzena para exercitarem a comunicação.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Os estudantes com deficiência visual participam de atividades de alfabetização no Sistema Braile (sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas), bem como recebem orientações em mobilidade, tecnologia acessível – através do uso do computador, notebook e celular – e estimulação visual e escrita cursiva.
Rosinaide Gonçalves, professora do AEE da área da deficiência visual, explica que a deficiência, pedagogicamente, é dividida em três vertentes, sendo a cegueira, baixa visão e dificuldade para enxergar.
“De acordo com a necessidade trabalhamos a linguagem braile, adaptamos itens maiores ou menores com muita cor ou pouca cor, luz natural ou artificial para ajudar o estudante”, pontua.