Começou a ser realizado nesta semana o estudo de solo do Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho, em Feira de Santana. Este estudo tem como objetivo mapear os tipos de solo na área e classificá-los. O trabalho, que está sendo executado por uma equipe de professores de diferentes instituições públicas de ensino superior da Bahia (UEFS, UFRB, UFBA, UNIVASF, UESC e IFBAIANO) e de outros estados (UFV e Embrapa), conta com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM).
A equipe, composta pelo engenheiro agrônomo, Oldair Del Arco Vinhas Costa, e pelos professores André Neto (UFBA), Leonardo Souza (IFBAIANO) e Luís Aníbal (UFRB), está realizando um trabalho de campo, onde serão observados o relevo, geologia, vegetação e outros fatores para entender a distribuição dos solos na área do Parque da Cidade.
Serão abertas trincheiras para estudar a morfologia e coletar amostras do solo para análise física e química em um laboratório especializado. A escolha do Parque da Cidade para essa análise se justifica pelo fato de que a área ainda mantém grande parte de sua condição natural, sem total urbanização.
O objetivo final do estudo será classificar os solos e gerar um mapa de sua distribuição no parque, que servirá para orientar o plano de manejo ambiental. A previsão é que em 4 meses o mapeamento esteja concluído.
“A primeira ação que a gente faz é percorrer a área do parque para entender como é que pode se dar a variação dos solos a depender das características de relevo, da geologia do local, da vegetação, do clima que está ali. Então a gente observa esses fatores naturais para tentar entender como é que os solos foram formados, e onde é que eles estão localizados a depender dessa conjunção de fatores. Abriremos trincheiras para estudar mais a fundo o solo, a sua morfologia, separar camadas e horizontes para entender como é que aquele solo foi formado. Além dessa avaliação morfológica, a gente também faz análises físicas e químicas para conhecer a granulometria do solo”, explica o engenheiro agrônomo da UFRB, Oldair Del Arco Vinhas Costa.
“Nós vamos fazer a coleta do solo que posteriormente será enviada para análise em um laboratório especializado. O material a ser analisado retorna para nós com todas as informações detalhadas. Estimo que vai demorar em torno de quatro meses para a gente ter, efetivamente, as informações necessárias para gerar o mapa”, complementa.
Segundo Oldair, o trabalho realizado no Parque da Cidade faz parte de um evento nacional sobre solos que também percorrerá outras regiões da Bahia, como Anguera, e contará com a participação de pedólogos e especialistas. As informações levantadas servirão para aprimorar o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SIBCS).
“Esse evento vai acontecer de Juazeiro até Salvador, onde passaremos por várias regiões. Diversos pedólogos do Brasil estarão estudando esses solos que são muito particulares aqui da Bahia, com o intuito de gerar um conjunto de informações importantes para servir de base para os estudantes, agricultores, para orientação de um plano ambiental, e aprimorar o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA”, destaca Oldair.