A Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana tem registrado em média 300 notificações por dia de casos suspeitos de dengue. De acordo com a enfermeira referência em arboviroses, Sandréa Costa, de janeiro até a última segunda, dia 1º de abril, o município alcançou a marca de 5. 507 casos suspeitos de dengue. Pacientes confirmados com a doença são 976, atestados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador.
As localidades mais acometidas têm sido o distrito de Humildes, seguido pelos bairros Mangabeira, Tomba, Campo Limpo e Conceição. Apesar disso, a especialista reforça que todas as regiões da cidade têm registrado pacientes com dengue, inclusive, em todas as faixas etárias.
“No dia 1º de abril tínhamos internados em Feira em hospitais públicos, particulares, UPAs e Policlínicas 67 pessoas, dessas 60 estão em unidades abertas como clínica médica, enfermarias e sete na UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, informou.
Dengue com sinais de alarme são 193 de janeiro até segunda, 1º de abril. Em estado grave são cinco pacientes e pelo menos um óbito foi confirmado, outros estão em investigação.
Segundo Sandréa, sangramento nasal, na urina, na gengiva, nas fezes, tontura, desmaio, dores no corpo em geral, febre, plaquetas baixas e a desidratação são sintomas considerados sinais agravantes da doença.
Sandréa que faz parte do Grupo de Trabalho Referências em Arboviroses, informou que somente ontem recebeu 300 fichas com suspeitas de infecções causadas por alguma arbovirose, seja dengue, zika ou chikungunya.
“De janeiro para cá tem sido uma média de 200 até 400 fichas com suspeitas de arbovirose, que vem para cá para daqui tirarmos o diagnóstico se confirma ou descarta a dengue. As UBS, que são a atenção primária, aumentaram a demanda”, explicou.
A dengue
É importante alertar que, a qualquer sintoma de dengue, é imprescindível buscar atendimento médico, como das Unidades Básicas de Saúde que possuem o protocolo emergencial para iniciar o tratamento.
“Não fiquem com sintomas em casa. Se sentir febre, dor no corpo, manchas na pele ou qualquer coisa que sejam suspeitas de arboviroses, procure uma unidade de saúde e não se automedique, porque a dengue mata rápido e o tratamento é a água, hidratação”, alertou.
Além disso, a enfermeira ressalta que independentemente do teste laboratorial para confirmar a arbovirose, é importante iniciar o tratamento pela simples suspeita.
“Porque o tratamento da dengue é resolver febre, dor e hidratar. Isso não faz mal a ninguém. Seja qual for a outra doença, tem que hidratar e vai fazendo diferencial para outras coisas também, pesquisando e tratando, sempre com a orientação de um médico”, pontuou Sandrea em entrevista ao Acorda Cidade.
Sobre a Febre de Oropouche, causada pelo mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que tem registrado casos positivos em algumas regiões do país, a especialista tranquilizou informando que ainda não há casos em Feira.
Ainda de acordo com Sandréa Costa, a prefeitura está preparada para absorver as mais de 300 notificações por dia, mas como os casos ainda seguem aumentando, é fundamental que a população faça a sua parte, não deixando água parada.
Com as chuvas que vêm e vão, é importante parar todos os dias, tirar 10 minutinhos para avaliar se há algum foco do mosquito da dengue nos quintais, nas lajes e demais espaços das residências e empresas que possam proliferar os insetos.
“Porque a gente vai tratar e outras pessoas vão se infectando de novo. Enquanto tiver o mosquito esse ciclo não vai acabar”.
Fonte Acorda Cidade