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Motoristas de aplicativos de transportes prometem paralisação de 24 horas em todo o país nesta segunda-feira (15).

De acordo com a Agência Brasil, a categoria pede repasses mais altos nas corridas e melhores condições de trabalho.

Os motoristas querem uma tarifa mínima de R$ 10 reais, para corridas de até três quilômetros, além de reajuste de R$ 2 reais por quilômetro rodado.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, a presidente do Sindicato dos Motoristas Autônomos por Aplicativos de Feira de Santana, Viviã Rocha, explicou que boa parte dos motoristas aderiram a paralisação que é nacional.

“Feira de Santana já aderiu ao movimento, os motoristas paralisaram, é uma paralisação nacional que foi convocada pelos blogueiros da categoria, e esta categoria viu a necessidade de apoiar este movimento, porque estamos hoje com o valor muito defasado, Já faz anos e anos que a tarifa não aumenta. Hoje a corrida mínima que é uma corrida de no máximo 3 km, ela é para o motorista R$ 5,50, ele anda 3 km e recebe R$ 5,50, quase o valor do ônibus que o motorista hoje está recebendo. Tem vezes que a gente pega uma corrida que o passageiro paga R$ 6,30 ou R$ 7,50 e eu já peguei uma corrida que foi R$ 10 e eu recebi R$ 5,50 porque não existe uma tarifa que seja a base, ela oscila. Tem dias que a plataforma desconta mais de 50% da corrida do motorista, tem dias que a plataforma completa a corrida, tem dias que ela desconta apenas 10%, então precisa se alinhar isso para que o motorista venha saber o ganho real que ele vai ter”, explicou.

De acordo com Viviã, os carros por aplicativos atualmente são considerados como concorrentes do transporte público, porém em muitos casos, o motorista sai com prejuízo.

“Hoje a passagem do ônibus custa R$ 3,78 e sabemos que um veículo comporta até quatro pessoas. Se uma corrida que custou R$ 5,50 no aplicativo, cada passageiro paga em média de 1,30, sendo que se fosse utilizar o ônibus, os quatro passageiros iriam pagar mais de R$ 13. Então o aplicativo hoje é um concorrente do transporte público, e isso afeta diretamente esta cadeia”, pontuou.

Segundo a presidente do Sindicato, não existe um valor fixo para que os motoristas possam receber, seja na semana ou no mês, pois cada profissional trabalha de uma forma.

“Recentemente eu estava concedendo uma entrevista na Rádio Sociedade, e um motorista de aplicativo ligou para fazer uma participação, e ele disse que onde trabalhava, recebia cerca de R$ 2.200 por mês, e quando passou a trabalhar com o aplicativo, estava tirando R$ 5 mil e eu não duvido. Cada pessoa tem uma logística de trabalhar diferente, tem colegas que realmente conseguem tirar este valor, mas é desgastante. Eu estive em São Paulo há cerca de 15 dias. Lá, eu utilizei cinco carros por aplicativo e a realidade não é diferente daqui de Feira. Teve um motorista que informou que tira R$ 400 por dia, mas para isso, ele começa a rodar às 5h da manhã e só termina 20h, 21h. Nem horário de almoço ele tira, ele já tem as marmitas dentro do veículo porque faz as refeições dentro do carro. Mas também é bom lembrar que este valor de R$ 400 não é líquido, porque você tem manutenção de veículo, documentações anuais, combustível, seguro e isso vai gerando um funil que lá no final, o resultado não é exatamente o que mostra na tela do aplicativo”, concluiu.

Fonte Acorda Cidade

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