Na manhã de terça-feira (14), a Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS) sediou a última audiência pública sobre o novo polo de logística do município. O objetivo da audiência foi coletar contribuições da sociedade, secretarias e entes privados para o projeto.
Estiveram presentes o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão, o secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, representantes da sociedade civil e empresas interessadas no novo modelo logístico.
O projeto visa desenvolver um sistema integrado para gerir o recebimento, expedição, triagem e transporte de insumos e produtos das Secretarias de Educação e Saúde, proporcionando agilidade, controle, transparência e eficiência no atendimento e abastecimento das unidades de saúde e escolas municipais.
No projeto, o setor privado atuará como gestor integrado, trazendo investimentos. Ao final da concessão, toda a estrutura ficará com o município, permitindo que outra empresa assuma a gestão do sistema e do centro de distribuição posteriormente.
O modelo de logística será adaptado para atender as necessidades de Feira de Santana, similar aos sistemas já implantados em cidades como Salvador, São Luís (MA), São Paulo e Rio de Janeiro.
“As secretarias continuam responsáveis pelas compras dos produtos e insumos, enquanto a empresa parceira gerencia o estoque, garantindo que nada vença ou falte nas unidades e escolas. Um algoritmo específico calcula a quantidade de insumos necessários por mês para cada unidade, sincronizando tudo com as secretarias e a equipe do centro de distribuição para decisões corretas, evitando desperdício e desabastecimento”, explicou Lafayette Middles, representante da empresa Vértice Log.
Segundo Carlos Brito, atualmente há dificuldades como a falta de medicamentos e materiais nos postos de saúde, mesmo com estoque nos almoxarifados, devido a deficiências na administração interna de abastecimento. A nova logística visa facilitar esse processo com agilidade e eficiência.
“Enfrentamos falta de medicamentos e materiais hospitalares em postos de saúde, mesmo com estoque nos almoxarifados da Prefeitura, devido a deficiências na administração interna de abastecimento e previsão de entregas. O objetivo do projeto logístico é agilizar e tornar eficiente o reabastecimento”, assegura Carlos Brito.
“O grande objetivo é racionalizar e economizar recursos públicos, beneficiando o cidadão. Muitas vezes falta remédio ou material nos postos devido a falhas no abastecimento, mesmo havendo estoque. Com a logística correta, isso não ocorrerá mais”, enfatiza Brito.
Feira de Santana, devido à sua localização geográfica estratégica, será beneficiada com o projeto, que prevê reduzir os custos de transporte e distribuição entre 20% e 30%, economizando recursos públicos.
“Feira de Santana é estrategicamente importante. Hoje, as entregas não são unificadas, resultando em altos custos de transporte absorvidos pelo município. Com o centro logístico, esperamos uma economia de 20% a 30% nos custos de transporte e distribuição”, destaca Igor Torres, especialista em PPPs e concessões da Ecos Consultoria e Gestão.
Após a última audiência, o próximo passo é iniciar o processo licitatório para contratar a empresa que prestará o serviço de logística para a cidade.
“Já realizamos a consulta pública e aprovamos o projeto internamente. As ideias serão avaliadas pelo comitê gestor, e após isso, lançaremos o processo licitatório para contratar a empresa que prestará o serviço”, afirma Carlos Brito.