Conforme o Acorda Cidade já divulgou, após as fortes chuvas que caíram no município no final da tarde de ontem (17), muitos bairros de Feira de Santana ficaram prejudicados com a falta de drenagem da água.
Assim como na zona urbana, muitas estradas da zona rural ficaram intrafegáveis. Os moradores do povoado da Candeia Grossa, entraram em contato com o Acorda Cidade, para relatarem as dificuldades que estão enfrentando.
Segundo eles, os problemas se agravaram após obras da Embasa serem realizadas na região.
“Estamos com uma demanda aqui na Comunidade do Jacu, principalmente na estrada que liga Jacu até Candeia Grossa, onde o ônibus atolou no dia 23 de janeiro. A Embasa fez algumas obras nesta estrada, revirou o solo, deixou alguns buracos e com isso, um dos locais onde foi feita essa obra, o ônibus atolou. Depois disso, o ônibus da empresa Rosa passou quase duas semanas sem circular aqui na comunidade do Jacu. As pessoas que precisam trabalhar, saíam a pé, com destino a Candeia Grossa e para retornar, faziam o mesmo trajeto. Crianças, idosos, todos tinham que ir andando, seja para estudar, trabalhar, compras ou consultas médicas”, informou um morador que preferiu não se identificar.
Segundo ele, um ofício também foi feito e entregue para a Superintendência de Obras e Manutenção (Soma)
“Fizemos um ofício em nome da Associação Comunitária dos Moradores de Jacu, enviamos no dia 26 de janeiro para a Soma, mas até hoje não tivemos nenhuma resposta, até marcamos reunião com João Vianey, ele mandou avisar que teve outra demanda e que não tinha como nos atender. Continuamos cobrando, indo até a Soma, ligando e nada foi feito. Além dessa questão, a estrada que liga o Jacu até Matinha, possui uma ponte que foi construída na década de 90. Como a prefeitura nunca deu manutenção, com o passar dos anos, começou a ceder por conta das chuvas. Fizemos um ofício para esta situação, mas nada também foi feito”, contou.
Por conta das insatisfações, os moradores irão se reunir na manhã desta segunda-feira (19), em forma de protesto por melhorias para a comunidade.
“Por essas e outras questões, nós da comunidade do Jacu, distrito de Matinha, em nome da Associação Comunitária dos Moradores de Jacu, resolvemos fazer uma mobilização da comunidade, amanhã, dia 19 de fevereiro, às 6h da manhã, porque é um horário oportuno antes da maior parte do pessoal sair para trabalhar”, declarou.
Moradora do povoado de Jacu, e que utiliza a mesma estrada diariamente, Michelle Santana de Almeida também expressou a sua insatisfação após o caso do último sábado. Ela contou à reportagem do Acorda Cidade que um ônibus também atolou no mesmo local há cerca de um mês.
“A nossa demanda na comunidade é em relação às estradas, a Embasa fez uma obra na estrada que liga o Jacu à Candeia Grossa, agora no mês de janeiro. E, nessa obra, revirou o solo para troca de tubulação e deixou, inclusive, um buraco aqui na comunidade. Tem outros locais também em que foi mal finalizado esse processo. Em um desses locais em que foi feita essa obra, o ônibus acabou atolando, no dia 23 de janeiro, por volta das seis e pouca da noite. A própria comunidade que ajudou a retirar esse ônibus por volta da meia-noite. A gente foi, fez um ofício, enviou para a Soma, que o pessoal lá pediu, a gente marcou a reunião. No dia dessa reunião, nos informaram lá que o superintendente não tinha como nos atender pois teriam outra demanda a ser atendida nesse dia, e foi uma reunião agendada. A gente tenta contato, mas é sempre difícil”, disse.
Michelle Santana pontuou ainda que vários contatos já foram feitos à prefeitura, na tentativa de uma resolução, mas nada foi feito.
“A gente continua ligando para a Soma lá na prefeitura. Às vezes atendem, às vezes não atendem. Quando atendem falam que a demanda do senhor João Vianey está muito grande e a gente continua nessa. Quando chove muito, o ônibus não vem aqui na comunidade do Jacu, o ônibus retorna da praça da Candeia Grossa. Então, quando alguém precisa ir para o médico, para trabalhar, precisa ir andando até a praça da Candeia Grossa para pegar o transporte para ir para Feira. Imagine a noite o pessoal retornando do trabalho tendo que descer na Candeia Grossa e ir andando até a comunidade do Jacu? É bem complicado”, lamentou.
Para a moradora do povoado de Jacu, a demanda da comunidade deve ser resolvida com urgência, já que a população tem enfrentado dificuldades e depende do transporte público.
“A situação está complicada, então pedimos socorro. Fizemos o ofício solicitando a colocação de cascalho na estrada, mas nada foi feito no período que estava estiado. Também solicitamos verificação das vias e estradas do Jacu, porque aí viriam verificar essa questão da ponte que precisa de manutenção, precisa ser refeita, e uma cratera que está se abrindo na curva da comunidade. São tantas demandas que temos. Corremos atrás, mas ninguém faz nada”, concluiu.
Fonte Acorda Cidade