Uma pessoa foi presa e duas foram alvos de mandados de busca e apreensão por suspeita de extração ilegal de ouro, no município de Nordestina, a cerca de 370 quilômetros de Salvador. A “Operação Lixiviação” foi deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (26).
A ação foi um desdobramento da Operação Garça Dourada, ocorrida no dia 6 de junho de 2023, em que policiais foram alvo de operações contra grupos de extermínio, homicídio, extorsão mediante sequestro e mineração irregular.
A investigação aponta que comerciantes adquiriam o ouro retirado de maneira fraudulenta na região para revender em outros estados, em forma de barra ou transformados em joias.
Os investigados construíram laboratórios nas cidades, onde recebiam e refinavam “rejeitos” de moagens feitas por garimpeiros ilegais, através de processo químico industrial.
Nesta segunda-feira, cerca de 20 policiais federais cumpriram os mandados, todos expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Bahia.
Conforme a investigação, o ouro era extraído por meio do processo de lixiviação, com utilização de grande quantidade de cianeto de sódio, substância altamente tóxica, cuja compra e uso são controlados pelo Ministério do Exército, por causar impacto para a saúde humana e meio ambiente local.
Os suspeitos vão responder pelo crime de usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de artefatos explosivos, extração ilegal de recursos minerais, uso e armazenamento de substância tóxica, perigosa e nociva e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 29 anos de reclusão.
Em abril deste ano, a PF deflagrou outra operação contra a extração ilegal de ouro nas cidades baianas de Santaluz e Tucano, a cerca de 275 km de Salvador, e no estado de São Paulo.
No “Operação Serra Dourada”, também desdobramento da “Garça Dourada”, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Fonte G1 Bahia