Na segunda-feira (13), a sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) foi palco de uma reunião crucial para definir os próximos passos dos estudos sobre o solo no Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho, em Feira de Santana. O encontro reuniu o secretário da pasta, Antônio Carlos Coelho, o engenheiro agrônomo encarregado do estudo, Oldair Del Arco Vinhas Costa, além de representantes da Defesa Civil e da equipe técnica da Semmam.
A escolha do Parque da Cidade para essa análise se justifica pelo fato de que a área ainda mantém grande parte de sua condição natural, sem total urbanização.
O trabalho, que será realizado por uma equipe de professores de diferentes instituições públicas de ensino superior da Bahia (UFRB, Ufba, Univasf, Uesc e Ifbaiano) e de outros estados (UFV e Embrapa), conta com o apoio da Prefeitura.
Para o estudo de solo que será realizado, foi proposto a elaboração de um mapa de solos da área para servir de base ao plano de manejo florestal. A elaboração do mapa de solo do parque trará informações importantes não só para o manejo, mas para informar a população sobre os solos e a importância deles para a conservação ambiental.
“Colocamos no roteiro dessa reunião especificamente a área do parque da cidade, o parque florestal da cidade, para fazer um estudo de solo específico nesse ambiente. E além desse estudo específico, foi proposto ao secretário para elaborarmos o mapa de solos dessa área do parque, que vai servir para o plano de manejo florestal desse ambiente”, explica o engenheiro agrônomo da UFRB, Oldair Del Arco Vinhas Costa.
O trabalho de campo no parque envolve a coleta de solo com uso de trado, que é uma broca manual que penetra no solo para retirar amostras e será usada em alguns pontos do terreno do parque para averiguar as características do solo que ocorre no local, como cor, textura, composição química e umidade. Um laboratório especializado analisará o material coletado.
As informações que forem levantadas sobre o solo do parque serão disponibilizadas publicamente para a população. Além disso, excursões podem ser promovidas para que estudantes da rede municipal possam conhecer e se aprofundar na geografia do local.
“Esse mapa de solo vai ser muito importante, não só para orientar o plano de uso e manejo do parque, mas também para trazer informações básicas sobre os tipos de solos que ocorrem na área e para informar a população, os estudantes das escolas municipais, sobre a importância de um parque, quais são os solos que estão ali, qual a importância dos solos para a manutenção daquele ambiente, para a conservação daquele ambiente, ter uma base de informação interessante”, ressalta Oldair.
Na reunião, também foi discutida a criação da rede baiana de ciência do solo, para discutir problemas e soluções relacionados ao solo no estado, em conjunto com órgãos públicos.
“Estamos em processo de criação da rede baiana de ciência do solo, uma rede de pesquisadores e professores que trabalham nessa área específica, na área de ciência do solo. Esses profissionais estarão reunidos para discutir problemas relacionados com a ciência do solo no estado da Bahia. A ideia é que quando essa rede estiver constituída efetivamente, a gente venha discutir com os municípios, com o estado, problemas diretamente relacionados à ciência do solo e como a gente pode ajudar os órgãos públicos a resolver esses determinados problemas, ou, conjuntamente com os técnicos dos municípios e do estado, soluções que venham a melhorar as questões ambientais dos municípios”, destaca o engenheiro agrônomo.
Fonte Acorda Cidade