O policial militar suspeito de matar o também soldado da PM Adailton Teixeira Melo, no dia 21 de setembro, em um bar do bairro São Rafael, em Salvador, foi solto na terça-feira (22) após audiência de custódia.
O suspeito, identificado como Jocivaldo Santos de Brito, estava preso desde 22 de setembro, no Batalhão da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Apesar de ter sido liberado, Jocivaldo Santos Brito terá que cumprir algumas medidas cautelares. Veja abaixo:
- Não poderá manter contato com familiares de Adailton;
- Não poderá deixar Salvador;
- Não pode sair de casa durante a noite;
- Não pode trabalhar nas ruas;
Caso o suspeito descumpra uma das medidas, a prisão dele será convertida em preventiva automaticamente.
Lembre o caso
Um policial militar de 45 anos foi morto a tiros em um bar de Salvador, após uma discussão com um colega na fila do banheiro do estabelecimento. O caso aconteceu na madrugada do dia 21 de setembro e uma câmera de segurança registrou o crime.
A vítima foi identificada como Adailton Teixeira Melo e trabalhava no 37° Companhia Independente da Polícia Militar. No vídeo, é possível ver que um homem de camisa branca saiu de uma porta, apontou a arma e atirou. Em seguida, um homem caiu no chão.
O corpo de Adailton Teixeira Melo foi enterrado no Cemitério Bosque da Paz, sob forte comoção. Ele deixou a esposa, uma filha de 6 anos e um filho de 19.
No momento do ocorrido, Adailton, a esposa, que também é PM, e outros colegas de trabalho estavam juntos em um bar que fica em uma área residencial do bairro de São Marcos. Eles não estavam a serviço.
No estabelecimento, Adailton e Brito se envolveram em uma confusão por causa do uso do banheiro do bar. “Brito queria entrar no banheiro e meu irmão também. Os dois se empurraram e Brito apontou a arma para meu irmão”, relatou Flávio Melo, irmão do policial morto.
De acordo com o Flávio, nesse momento os três se identificaram e a confusão foi resolvida. Adailton, a esposa e alguns amigos já tinha feito o pagamento da conta e deixaram o estabelecimento.
“‘Você quer seguir com isso adiante? Você realmente quer levar todo mundo para delegacia?’ Meu irmão até falou em tom de brincadeira com soldado Brito: ‘Se você continuar com a arma em punho novinho, eu vou te dar voz de prisão. Eu sou polícia, minha esposa também é e não tem necessidade de você estar com arma em punho'”, completou.
No entanto, conforme familiares do policial morto, Adailton percebeu que o celular dele tinha caído no chão durante a confusão e resolveu voltar ao estabelecimento para verificar as câmeras de segurança e descobrir quem pegou o aparelho.
Após conversar com uma funcionária, o policial foi baleado por Brito, que ainda estava no bar. Ele foi surpreendido quando esperava para ver as imagens registradas.
Adailton foi atingido três vezes: no rosto, no ombro e no braço. Ele foi socorrido por colegas da corporação e levado para o Hospital São Rafael, mas não resistiu.
A 37º Companhia Independente da Polícia Militar, onde o PM era lotado, emitiu uma nota de pesar nas redes sociais.
A SSP-BA determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure o caso e que a Polícia Civil, através do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, investigue a morte de Adailton.
Fonte G1 Bahia