O Governo do Estado promoveu, nesta segunda-feira (30), um mutirão de limpeza e ações de educação ambiental na praia da Paciência em Salvador. A iniciativa contou com a participação de mais de 50 voluntários de todos os cantos e encantos da capital baiana, que saíram de suas rotinas sensibilizados para a importância da proteção dos ecossistemas costeiro e marinho.
Inserida em uma série de preparativos organizados pelo Governo da Bahia, para o centenário da tradicional Festa de Iemanjá, a atividade faz parte do projeto ‘O mar não está para plástico’, uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e o Instituto Rede Mar, com o apoio da Organização Pró-Mar.
O superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, falou sobre os objetivos do projeto e alertou para os problemas do descarte irregular de lixo nas parias. “O que parece uma simples ação, recolher e destinar corretamente o lixo produzido no nosso cotidiano, se adotada como prática por todos aqueles que frequentam as praias, acaba por ganhar proporções significativas para a proteção dos ecossistemas marinho e costeiro. O projeto acontece às vésperas de uma data muito especial para baianos e turistas, que as homenagens à Rainha do Mar sejam repletas de amor, fraternidade e principalmente com a oferta de presentes sustentáveis, todos unidos para proteger os oceanos, a casa de Iemanjá”, ressaltou.
Neste primeiro dia, foram coletados 100 kg de lixo, sendo mais de duas mil unidades de resíduos sólidos dentre eles bituca de cigarro, canudos, tecidos, tampas de garrafa PET, palitos de picolé e plásticos em geral. “Em média, foram encontrados cinco itens a cada metro quadrado, um número elevado se considerada a pequena extensão de areia da praia da Paciência. Uma das maiores preocupações é o microlixo, pois mesmo com a coleta realizada pelo poder público, fragmentos de plástico vão direto para os oceanos, causando um imenso dano ao ecossistema marinho”, ressaltou William Freitas, do Instituto Rede Mar.
Parte do material coletado durante os dois dias do projeto (30/01 e 03/02) será destinado ao artista plástico André Fernandes, para confecção de esculturas, e os demais doados a uma cooperativa de materiais recicláveis, um incentivo ao conceito de arte sustentável e à geração de renda das famílias cooperadas.
No dia 2 serão instalados pontos de coleta de lixo na praia e no circuito da Festa de Iemanjá. Esses resíduos serão separados, contabilizados e terão a destinação correta. Nos locais próximos aos eco pontos serão realizadas sensibilização ambiental e orientação para os devotos e participantes da festa.
Agô Iemanjá – A Programação ambiental para os festejos de Iemanjá (2/2) incluem também o lançamento do aplicativo Vai Dar Praia?, Caminhada da Alvorada Mufuá, entrega do Balaio Ecológico e exposição fotográfica do projeto O mar não está para plástico’.
Fonte: Ascom/Sema